Friday, February 28, 2014
"the carnival drums all mad in the air"
Across clinical benches with nothing to talk
Breathing tea and biscuits and the Serenity Prayer
While the bones of our child crumble like chalk
O where do we go now but nowhere
Nick Cave
Wednesday, February 26, 2014
Sunday, February 23, 2014
if it's not asking too much...
Heaven please send to all mankind,
Understanding and peace of mind.
And if it's not asking too much
Please send me someone to love.
Percy Mayfield
[versão de Bill Callahan]
Understanding and peace of mind.
And if it's not asking too much
Please send me someone to love.
Percy Mayfield
[versão de Bill Callahan]
Friday, February 21, 2014
Limited capacity
I painted myself into a corner again
Because I didn't like the colour of my floors
After you walked all over them
But I've got a limited capacity
Yeah I've got a limited capacity
And I'll paint my floors again
I'm sure I'll paint my floors again
Bill Callahan
Thursday, February 20, 2014
Monday, February 17, 2014
Sunday, February 16, 2014
Friday, February 14, 2014
Thursday, February 13, 2014
Wednesday, February 12, 2014
Viver sempre também cansa!
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinza, negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O Mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis, sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois, achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."
E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo...
José Gomes Ferreira
[miminho neozelandês do dia]
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinza, negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O Mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis, sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois, achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."
E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo...
José Gomes Ferreira
[miminho neozelandês do dia]
Tuesday, February 11, 2014
Sunday, February 09, 2014
"sexo sem amor dá vontade de tomar banho por dentro"
"Destestava ser mulher, comenta um pouco a despropósito, 'ainda tinha de aturar um parvo a dizer mentiras, convencido de que era capaz de conquistar uma mulher, quando, na realidade, quem escolhe são elas. E eles, feitos tontos, já foram escolhidos mas não percebem, porque elas são generosas e convencem-nos disso'"
"É tão fácil dizer 'amo-te' e nunca dizemos. E ficamos com a ternura no colo como um bebé, sem saber o que fazer dela."
"Ao fim de três dias, Lobo Antunes dá sinais de inquietação. Tanta atenção, tanta ternura e alegria também cansam. 'Elas abraçam-me'*, consente, 'mas não são abraços apertados.' Está farto de jantar com gente erudita, de conversas existenciais. Apetecia-lhe citar Walt Whitman: 'I like animals because they don't discuss the existence of god.'"
*[referindo-se às anfitriãs da entrega do Prémio Nonino]
"Tenho saudades de Lisboa, tenho saudades do mau gosto, tenho saudades de ouvir dizer 'esta gaja é tão boa'. E o poder de síntese desta frase, já viu?"
in Três irmãs, a 'nona' e uma garrafa de grappa, Visão nº 1091
Tuesday, February 04, 2014
Sunday, February 02, 2014
Orpheus
Standing firm on this stony ground
The wind blows hard
Pulls these clothes around
I harbour all the same worries as most
The temptations to leave or to give up the ghost
I wrestle with an outlook on life
That shifts between darkness and shadowy light
I struggle with words for fear that they'll hear
But Orpheus sleeps on his back still dead to the world
David Sylvian (*)
The wind blows hard
Pulls these clothes around
I harbour all the same worries as most
The temptations to leave or to give up the ghost
I wrestle with an outlook on life
That shifts between darkness and shadowy light
I struggle with words for fear that they'll hear
But Orpheus sleeps on his back still dead to the world
David Sylvian (*)
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