“é tarde? que importância terá ser tarde se o cansaço do
mundo não abandona a roupa. ouço o corpo inquieto, imobilizado à porta de sua
própria destruição.
(…)
vou coser as pálpebras
de amianto com uma finíssima agulha de fogo, flexível, para não deixar cicatriz
na bainha azul das palavras, vou dormir abandonadamente sem tirar os óculos
escuros que me defendem contra o mundo, e no abismo das insónias
reinventar-te-ei.”
Al Berto
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