abro os olhos e estendo a mão e o corpo para fora do sono,
ergo-me por dentro do imenso vazio.
tudo se despedaçou. o sonho, e o amor que é sempre tão breve
(…) estou gasto. dei-me sempre mais do que podia. não há nada que me possam
roubar, sou um homem espoliado de todos os bens, de todas as doenças, de todas
as emoções. (…)
sou um alfabeto e não sei se terei tempo para me decifrar.
Al Berto, O Medo (3)
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